Devemos nos vacinar?
A mente curiosa, ávida por saber, indaga: “como é feito?”, “como funciona?”, “porquê?”
A resposta, tão deslumbrante e intrincada, parece irreal e incompreensível ao cidadão comum.
Algumas questões ilustrativas:
Como funciona em detalhes o ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor)?
Qual o mecanismo utilizado para sintetizar moléculas de energia celular?
- ADP + Pi + 3H+out ⇌ ATP + H2O + 3H+in
As fórmulas estruturais da Química Orgânica correspondem à realidade?
Há uma infinidade de coisas que o público geral desconhece, ou sobre as quais tem uma compreensão equivocada. Tomadas de decisão sobre questões importantes, como vacinação, muitas vezes são embasadas em informações superficiais e inverossímeis, criadas por indivíduos de má índole ou com interesses escusos.
O gosto popular pelo fantástico e inacreditável faz com que pseudociência e charlatanismo sejam amplamente compartilhados e facilmente aceitos pela mente dos incautos.
O assunto sobre vacinas é vasto e complexo, e a título de simplificação, descartemos os pormenores e limitemo-nos aos fatos: após a aplicação de vacinas na população, os casos registrados das doenças para as quais foram desenvolvidas diminuíram significativamente.
A recalcitrância de alguns pela não vacinação demonstra preocupante efeito tardio do sucesso das campanhas de vacinação: em geral, desconhecemos a mortalidade, sequelas e sofrimento causados por estas doenças.
The Historical Medical Library of The College of Physicians of Philadelphia.
O desenvolvimento de vacinas para a infecção por SARS-CoV-2 em tão reduzido tempo é verdadeiro milagre tecnológico, o que nos leva ao raciocínio inicial proposto.
A nova geração de vacinas, baseada em mRNA, revolucionará o modo como as vacinas são produzidas, bem como o tempo requerido para seu desenvolvimento.
Como é possível editar genes, registrar em imagens a estrutura molecular de proteínas, desenvolver vacinas a partir de mRNA?
As respostas a estas e tantas outras perguntas está ao alcance de todos os com acesso à correta informação e entendimento para compreendê-las.
A quantidade de informação disponível é inédita na História da Humanidade. Estamos aprendendo a lidar com esta nova situação; assim sendo, não é de estranhar tal paradoxo: conhecimento científico avançado coexistindo com crendices, superstições e pseudociência.
Postergando o amadurecimento necessário, alguns reagem reforçando antigos comportamentos: não vacinação, aglomerações, desobediência a recomendações médicas, et cetera.
Caminhemos avante, seguindo as recomendações da OMS e as cartilhas de vacinação.
Vacine-se!
Ricardo B Fortuna é Osteopata, fisioterapeuta, acadêmico de Medicina e certificado pela School of Communication Arts em Raleigh-NC, USA.
Fontes:
Mina MJ, Metcalf CJ, de Swart RL, Osterhaus AD, Grenfell BT. Long-term measles-induced immunomodulation increases overall childhood infectious disease mortality. Science. 2015 May 8;348(6235):694-9. doi: 10.1126/science.aaa3662. Epub 2015 May 7. PMID: 25954009; PMCID: PMC4823017.
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ITER https://www.iter.org/